Folclore Amapaense - Breve conhecimento

Capa do Livro Mitos e Lendas do Amapá de autoria de Joseli Dias.


































O Folclore Brasileiro, sem dúvidas, é uma das principais datas comemorativas e festejo popular celebrado no mês de agosto nas instituições de ensino do País, seja pública ou particular. Por abranger imensa diversidade cultural trazida pelos negros escravos na época colonial; indígenas, que aqui já habitavam e dos europeus (branco) que aqui aportaram. Ele possui características específicas em cada região do Brasil, devido a sua fusão cultural.  


"Se esconda de pressa que a Matinta Pereira pode te encontrar..." (Osmar Júnior)






























Sabedoria popular é o significado da palavra Folclore. Esse termo, anteriormente foi bastante explorado nas escolas das redes públicas e privadas, principalmente na pré-escola e séries iniciais. O antigo IETA – Instituto de Educação do Território Federal do Amapá foi à principal referência nesse enredo popular por se tratar de uma instituição de ensino que formava os professores para atuar no antigo pré-escolar e séries iniciais do 1.º grau (1.ª a 4.ª série) por meio do Projeto Revivendo as Tradições Brasileiras, no qual, os alunos do 1.º ao 3.º ano, em suas respectivas turmas, representavam uma região do Brasil e apresentavam ao público presente as tradições populares dos seus respectivos lugares. A Escola Estadual José do Patrocínio também desenvolveu um projeto similar ao do IETA, com o Tema: Projeto Folclore com alunos do Ensino Fundamental, Médio e Magistério.


Revivendo as Tradições Brasileiras: Projeto Folclórico do Instituto de Educação do Amapá - Alunos apresentando a Lenda do Tambatajá. Foto: Arquivo pessoal Prof.ª Márcia Rodrigues





















O folclore do Estado do Amapá é bastante diferenciado, ele se destaca pelos costumes oriundos dos indígenas e escravos (etnias predominantes nessa região), possuindo relevância no caboclo ribeirinho (amazônida) e o seu forte são as lendas, as quais podemos encontrar nos livros e que se destacam pela valorização da natureza, do amor e do medo. Destacamos a Lenda da Matinta Pereira (Conforme a lenda, a Matinta pereira vira as noites e madrugadas nas ruas amedrontando as pessoas, pedindo fumo), Cobra Grande ou Cobra Sofia (dizem que ela dorme embaixo do Porto do Município de Santana, e que se ela acordar a Cidade vai para o fundo), Cabeça de Fogo (segundo os mais antigos, a cabeça de fogo, uma bola de fogo, “corre” atrás das pessoas que moram no interior das cidades), Poraquê, Tarumã e Pororoca e ouvi-las nas músicas dos nossos cantores Tucujús Tarumã (Osmar Júnior) que conta o romance de um casal indígena; Pedra do Rio (Osmar Jr) que fala da lenda da Pedra do Guindaste que possui a imagem de São José e fica em frente à Cidade de Macapá; Macaco (Grupo Pilão); Matinta Pereira (Osmar Jr) e Sereia (Grupo Pilão). Entre outras.

Capa do LP Quando o Pau Quebrar, do Grupo Pilão.


























Nossa dança é representada pelo Marabaixo, dança de raiz herdada dos escravos, que foram trazidos para construir a Fortaleza de São José de Macapá, onde os participantes dançam em círculo com roupa customizada e ao som da caixa, regados de uma boa gengibirra*.

Dança do Marabaixo, dança de raiz do Estado do Amapá. Foto: Governo do Amapá.


















Nossas principais comidas típicas são o açaí com camarão/charque, a maniçoba*, tacacá e o vatapá.

Maniçoba.




















* Gengibirra: Bebida feita de gengibre, cachaça, açúcar, frutos, água. 

* Tucujús: Tribo indígena localizada onde hoje é Macapá; pessoas que nascem no Estado do Amapá.

*Maniçoba: Iguaria preparada com folhas de maniva, ou macaxeira, moídas, temperada com carne de porco, sal, folha de louro, pimenta,  cheiro verde.

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