Vamos dançar o Marabaixo
Apresentação do Marabaixo. Foto: Jornal A Gazeta |
"Aonde tu vais rapaz?
Neste caminho sozinho
Neste caminho sozinho
Eu vou fazer minha morada
Lá nos campos do laguinho".
Lá nos campos do laguinho".
O
Marabaixo é uma festa religiosa de berço Amapaense introduzida pelos negros africanos
durante o século XVIII, período da escravidão no Brasil e início da Construção
da Fortaleza de São José de Macapá. Segundo historiadores, o significado mais
plausível do termo Marabaixo é a de que quando os negros, na época da Vila de São
de Macapá, iam descer a margem esquerda do Rio Amazonas, os mesmos diziam “Vamos
ver o Mar Abaixo”, insinuando à ida a beira do Rio, fazendo uma alusão ao mar.
Fabricação do Tambor de Marabaixo. Foto: Portal Amazônia. |
Marabaixo
dança típica do Amapá é acompanhado pelo ritmo do “O Tambor”, instrumento feito
de madeira cavada e couro de animais, engrenado pelo canto do marabaixo. Seus brincantes
costumam consumir a bebida típica dessa dança, a gengibirra, feita à base de álcool
e gengibre.
As
festividades do Marabaixo iniciam no Domingo de Páscoa e encerram no Dia do
Divino Espírito Santo, realizadas com missas, cantos e ladainhas.
Em
Macapá os redutos do Marabaixo são os Bairros do Laguinho e da Favela, além da
Vila do Curiaú, Comunidade Quilombola localizada a 12 km da Cidade de Macapá,
no qual a tradição está associada às práticas religiosas de origem Africana.
Ciclo do Marabaixo. |
Além de
Macapá, outras localidades do Estado do Amapá, como Mazagão e Igarapé do Lago,
cultuam essa tradição por várias décadas.
Alguns artistas
e grupos musicais Tucujús, cantam músicas de Marabaixo, bem como, introduzem
esse ritmo gostoso aos seus arranjos musicais, como o Grupo Senzalas – Canto de
Casa, Mão de Couro e Case comigo, Grupo Pilão – Sereia, Amadeu Cavalcante –
Pororoca Bagunceira, entre outros.
Em breve
o Marabaixo poderá se tornar patrimônio cultural nacional, através de um
requerimento do Senador Randolfe Radrigues (REDE), pois segundo ele o mesmo “é
a mais tradicional manifestação da religiosidade popular dos descendentes de
quilombos do Amapá”.
Por: Prof.º Antonio Júnior
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário!